Ordem de leitura da Saga Grisha (Grishaverso): por onde começar e como seguir sem se perder

Vamos combinar: entrar no Grishaverso pode ser tão empolgante quanto confuso. São trilogias, duologias, contos, graphic novel… e, para completar, no Brasil alguns títulos foram traduzidos e outros mantiveram o nome em inglês com subtítulo em português. Aqui vai o guia que eu mesma gostaria de ter lido antes de começar — simples, direto e com notas sobre as edições brasileiras.


Visão geral rápida

  • Trilogia Sombra e Ossos (ambientação base e origem do conflito)
  • Duologia Six of Crows (histórias de assalto e anti-heróis; se passa depois, mas funciona sozinha)
  • Duologia Nikolai (King of Scars) (retoma personagens da trilogia e cruza com eventos de Six of Crows)
  • Livros complementares (contos e prequel que enriquecem a mitologia)

Eu recomendo ler em ordem de publicação do universo (trilogia → Six of Crows → Nikolai) e intercalar os extras onde preferir.


1) Trilogia Sombra e Ossos — ponto de partida

  1. Sombra e Ossos
  2. Sol e Tormenta
  3. Ruína e Ascensão

Por que começar aqui: é a base do mundo, dos poderes Grisha e do conflito político-religioso que vai reverberar nos demais livros. Se você pular, vai entender o grosso, mas perderá camadas emocionais e certas motivações que pesam lá na frente.


2) Duologia Six of Crows — o coração ladrão do Grishaverso

  1. Six of Crows: Sangue e Mentiras
  2. Crooked Kingdom: Vingança e Redenção

Aqui entramos no lado “heist”: uma equipe de criminosos extremamente carismáticos, planos mirabolantes, moral cinzenta e um ritmo viciante. Dá para ler sem ter passado pela trilogia? Dá. Mas quem vem da trilogia percebe referências e implicações maiores no pano de fundo do mundo.

Nota sobre títulos no Brasil: os dois livros mantêm o título original em inglês (“Six of Crows” e “Crooked Kingdom”) e recebem subtítulos em português. Isso não foi por acaso — é uma escolha editorial para preservar o reconhecimento de marca internacional (o nome “Six of Crows” virou rótulo de prateleira) e, ao mesmo tempo, comunicar o tom ao leitor brasileiro com subtítulos explicativos.


3) Duologia Nikolai (King of Scars) — política, fé e cicatrizes

  1. King of Scars: Trono de Ouro e Cinzas
  2. Rule of Wolves: Trono de Prata e Noite

Esses livros retomam personagens importantes da trilogia e incorporam repercussões de Six of Crows. É onde o Grishaverso fica mais adulto politicamente, mexendo com trauma, poder e responsabilidade.

Nota sobre títulos no Brasil: o padrão aqui é o mesmo da duologia dos ladrões — títulos principais mantidos em inglês (“King of Scars” e “Rule of Wolves”) com subtítulos em português. Motivos:

  • Consistência de catálogo com o mercado global e com a base de fãs online, que já busca por esses nomes.
  • Tempo de lança­mento: manter o título original costuma agilizar processo editorial e marketing em sincronia com tendências (séries/streaming, redes sociais).
  • SEO e descoberta: muitos leitores procuram pelos nomes originais; manter o inglês evita “quebra” de buscas.

4) Livros complementares (opcionais, mas ótimos)

  • As Vidas dos Santos — um “livro dentro do livro” citado na trilogia, publicado aqui em português. É um artefato do próprio mundo, com contos hagiográficos do Grishaverso.
  • O Demônio na Floresta — graphic novel que serve de prequel sobre a juventude do Darkling. Publicado no Brasil em português.
  • The Language of Thorns — coletânea de contos de fadas sombrios do Grishaverso. No mercado brasileiro circula amplamente em inglês; não há uma edição canônica consolidada em português do Brasil como houve com os dois anteriores.
    • Por que ficou em inglês por aqui? Além de ser um livro de contos (não essencial para a linha principal), a edição original é fortemente visual e já muito conhecida pelo público. O custo/benefício de uma versão nacional pode ter sido avaliado de modo diferente pelas editoras, que priorizaram os romances do “tronco” do universo e os tie-ins mais diretamente conectados à série principal.

Ordem de leitura recomendada (publicação do universo)

  1. Sombra e Ossos
  2. Sol e Tormenta
  3. Ruína e Ascensão
  4. Six of Crows: Sangue e Mentiras
  5. Crooked Kingdom: Vingança e Redenção
  6. King of Scars: Trono de Ouro e Cinzas
  7. Rule of Wolves: Trono de Prata e Noite

Extras (insira onde preferir, sem “quebrar” a imersão):

  • As Vidas dos Santos — funciona muito bem logo após a trilogia.
  • O Demônio na Floresta — antes/ao longo da trilogia, como curiosidade de origem.
  • The Language of Thorns — entre arcos, quando quiser um respiro com contos.

Dúvidas rápidas

Preciso ler tudo para entender a duologia Six of Crows?
Não. A duologia é autônoma, mas a experiência fica mais rica se você conhece a geopolítica e os poderes apresentados na trilogia.

Posso começar por King of Scars?
Não recomendo. Ele conversa diretamente com eventos e consequências da trilogia (e até com Six of Crows). Ler antes pode diluir o impacto emocional.

Os subtítulos em português mudam algo no conteúdo?
Não. São guias de tom/tema para o mercado brasileiro. O miolo é a tradução oficial da obra original.


Conclusão — por onde eu começaria, hoje

Eu começaria pela trilogia, respiraria com As Vidas dos Santos como extra, mergulharia no ritmo frenético de Six of Crows, e fecharia com a densidade política de King of Scars e Rule of Wolves. Foi impossível não me envolver com a evolução do mundo — e com a forma como as cicatrizes dos personagens pedem respostas que só vêm quando lemos na sequência certa.

leituras para quem se apaixonou pelo Grishaverso

Se você terminou a saga Grisha e ainda sente aquele vazio de quem não quer deixar Ravka para trás, deixo aqui algumas leituras que combinam com o clima de magia, poder e moral ambígua que Leigh Bardugo construiu tão bem.

⚔️ Para quem ama fantasia com intrigas e romance

🌑 Para quem busca narrativas mais sombrias

🐉 Para quem quer seguir o caminho do romantasy

Essas histórias seguem o mesmo espírito: mundos ricamente construídos, protagonistas intensos e aquele equilíbrio entre luz e sombra que deixa a leitura impossível de largar.

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